Como a mídia tradicional está se adaptando à era das redes socias
Por Leila Rigatos
Interação é uma das primeiras palavras que nos vem à mente quando falamos sobre o relacionamento entre jornalismo e redes sociais. Mas analisando o comportamento dos perfis do Globo, Folha de São Paulo, Estadão e Veja, percebemos que a interatividade parece não ser o foco. A possibilidade de disseminar o conteúdo através de meios alternativos, com o objetivo de conquistar o público de outros espaços, parece ser o mais valorizado.
Após uma semana acompanhando os perfis desses veículos, observei que o Twitter é usado basicamente para fazer feed de notícias publicadas nos sites. O Globo e o Estadão são os jornais que mais interagem, já estão começando a construir um relacionamento com os seus leitores.
Já o Facebook é a rede social onde observamos a maior interação jornal-leitor e entre os leitores. Os veículos divulgam suas principais notícias e os leitores curtem, fazem comentários e realizam verdadeiros debates, com um nível muito superior aos realizados nos comentários de matérias dos próprios sites.
Como o impacto das redes sociais no jornalismo é algo novo, estamos atravessando um período de adaptação. Nos veículos tradicionais, a idéia de ter uma equipe voltada especificamente para as redes sociais é bem recente. Mas isso demonstra que a imprensa está percebendo que não basta estar presente no mundo digital, em tempos de jornalismo colaborativo, é preciso dar voz aos eleitores.